domingo, 31 de maio de 2009

Música no museu

Cada vez mais envolvida em todos os meios de diversas artes e ainda em “classes” sociais distintas, a música eletrônica vem conquistando ainda mais seu espaço, e uma nova conquista foi o projeto lançado no último dia 28 no Museu de Arte Moderna de SP.
O DJ Residente tem como objetivo propiciar uma nova forma de percepção e análise das obras expostas no MAM, assim Djs e Produtores convidados tocarão para o público em áreas comuns de livre circulação do museu, pretendendo desta forma oferecer grandes obras musicais aos presentes, integrando estilos de artes totalmente diversos mas complementares.
A cada seis meses o “DJ Residente” será mudado, e o atual é o projeto formado pelo Max Blum Igor Cavallera e Laima Leyton, o Mixhell, que promete tocar músicas com uma composição inusitada e instigante.

sábado, 30 de maio de 2009

Fotos: Beto Vilela


Após o sucesso que foi sua entrevista, Beto Vilela volta ao blog mostrando porque tem sido considerado cada vez mais um dos melhores fotógrafos da cena eletrônica. Fato é que cada vez que passa suas imagens e poder de captação de momentos únicos e inesquecíveis vem se aprimorando, ficando nítido no resultado final de suas fotografias.
E a partir de hoje, todas as coberturas de eventos de música eletrônica feitas pelo Beto serão postadas aqui para deixar nosso blog ainda mais completo.

Em breve! Maiores novidades.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Lamentavelmente Feliz! Adeus RioCentro

Após mais uma “rave” ocorrida no Rio, notícias são divulgadas através de várias formas de mídia informando mais “badernas” e “prejuízos” que tais eventos acarretam à sociedade, trazendo a tona novamente a discussão Rave vs Mídia.
Desta vez o alegado foi que a proporção do festival Chemical, realizado no último dia 23 (sábado) no Rio Centro, gerou um som absurdamente alto, além de confusões geradas em áreas residenciais localizadas ao redor do pavilhão RioCentro, gerando assim várias “reclamações” na 31ª BPM.
Assim a direção do Rio Centro anunciou que após tais fatos não acontecerão mais raves no local, sendo canceladas festas já confirmadas, como por exemplo a Tribe que será realizada dia 25 de julho, porque segundo a empresa administradora estes eventos devem estar em harmonia total, agradando aos moradores, público, as empresas produtoras e a administradora, coisa esta que não aconteceu no último sábado .
Pela primeira vez agradeço por tais fatos terem ocorrido, pois espero, sinceramente, que nunca mais tenhamos eventos naquele local, fazendo com que as produtoras voltem a investir em localidades de alta qualidade e propícios para receber uma festa com o conceito que uma rave tem. Deixando, assim, uma pontinha de esperança e sonhos, e claro, muita torcida para que as festas retornem para locais tão querido como o Happy Land (Itaboraí) e tão paradisíacos como o Pontal (Jurujuba - Niterói).

terça-feira, 26 de maio de 2009

Voluntariedade de uma doação obrigatória

Ao ver os lines das Tribe's todos sempre chamaram muita atenção, pois além de grandes nomes, este evento tem uma personalidade única que desde a primeira edição realizada aqui no Rio, na Eco-Arena vem me agradando muito, passando em 2007 pelo tão aclamado Happy Land (uma das melhores festas da minha vida) e no ano passado sendo realizado no RioCentro.
Contudo, um fato que sempre me desagradou bastante e a maioria dos presentes nas raves é a doação obrigatória de alimentos, pois se é algo obrigatório não é uma doação, e esta tem que ser voluntária, de coração. Fato é que as pessoas contribuiriam com mais prazer se esta doação foi feita de forma séria e não obrigatória, não levando o público a suspeitar da real veracidade desta com tal imposição.
Escutando reclamações constantes e intermináveis a direção da Tribe resolveu suspender a doação obrigatória e o resultado foi de mais de 1 tonelada de alimentos não perecíveis arrecadados, mostrando então que as pessoas tem a consciência e o espírito de ajudar o próximo. E desta forma, a Rede em ação que mantêm parceria com a festa manteve-se presente durante todo o evento realizado no último dia 23 com uma tenda de arrecadações voluntárias.
Com o maravilhoso resultado conseguido, a Tribe anuncia que os Tickets social também serão vendidos nos próximos eventos realizados para quem queira doar e ajudar ainda mais.
““Percebemos uma real participação do público, quem nos abordou foi realmente as pessoas engajadas e conscientes da necessidade de ajudar o próximo” diz Susi Wolf diretora da Rede em Ação.”
A Tribe chega ao Rio no dia 25 de Julho!

Apenas uma festa?


Com grandes expectativas e esperanças que chegou ao Rio mais uma edição do Chemical Music, e após o evento, realizado no último fim de semana, foi percebido que grandes expectativas podem gerar grandes frustrações. Um festival recheado de headliners no palco principal e em suas tendas, quem se destacou com um som incomum, desconstruído, misturado e perfeito foi o Killers on the dancefloor. Esta foi uma surpresa muito da agradável e acho que a única das que tanto prometia. Impossível ficar parado, ficar sem dançar e sorrir com a música feita por este projeto, lembrei muito do tão falado “som de festival” e por diversas vezes me imaginei dançando com a música deles nas areias de Pratigi. Será que neste UP #10 eles aparecem? Podem ter certeza que minha torcida será imensa!
A tão esperada apresentação de lançamento do Fuzion (Flow e Zeo) não empolgou os presentes na Myspace New Trends, quem esperava algo novo de uma das duplas mais queridas da cena nacional, se decepcionou, pois não foi apresentado nada de diferente do que somos acostumados a ver.
Já no palco principal o Gabe, com seu Wrecked Machines, trouxe uma sessão nostalgia que novamente voltou a empolgar tantas pessoas que vinha reclamando constantemente de suas apresentações previsíveis e frias, tocando clássicos repaginados me fez relembrar que ele “bagunça a pista”.
Já o D-nox dispensa todo e qualquer tipo de comentário. Novidade seria se eu falasse que ele não foi perfeito, coisa esta que nunca me atrevo a falar. Simpatia, carisma e profissionalismo isso resume D-nox, e para saber mais, nada melhor do que vê-lo pessoalmente. Tribe vem aí, e ele junto com o Beckres já estão confirmados.
O grande nome de divulgação do festival e o que gerou as maiores expectativas em torno de sua apresentação não surpreendeu e nem agradou tanto quanto era previsto, em uma performance totalmente irregular entre músicas de ótima qualidade seguidas por algumas de qualidade questionável, o Trentemoller fez uma aparição morna.
O que sem dúvidas surpreendeu todos os presentes no evento foram os preços das bebidas e das comidas vendidas, como exemplo 5 reais em uma garrafa de água ou em uma banana + uma pera + uma maça.
Algumas confusões e filas intermináveis para comprar tickets e após esta batalha chegar ao bar e ser informado que acabou a cerveja e que nem sabiam se iria chegar mais, pois segundo os próprios funcionários desde o início da festa foi percebido que a quantidade de bebida existente não seria o suficiente para o público presente, depois de rodar todos os bares e demorar bastante pra ser atendido que fui conseguir uma cerveja, que já não era igual a que estava sendo vendida no inicio (skol beats – skol “normal”, ambas pequenas).
Enfim... Apenas mais uma festa do Rio de Janeiro com poucos e bons destaques.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Scrovinsky


O Jovem Produtor Elvio Sircili, mas conhecido como Scrovinsky mostra nesta entrevista porque tem sido considerado uma das maiores revelações da música eletrônica nacional. O Elvinho tem uma relação com música desde criança onde tocou em bandas de rock e em 2006 criou o projeto de sucesso, Scrovinsky, caracterizado pelas melodias, elementos psicodélicos e basslines bem definidos de um fullon único, alcançando assim um grande sucesso, tocando nos melhores eventos de música eletrônica do país ao lado de grandes nomes como Megaband, Krome Angels, Shanti, Pixel, Xerox & Illumination, X-Noize, Headroom, Dino Psaras, Bizzare Contact, Wrecked Machines, Vibe Tribe, Gataka, Liquid Soul, Rinkadink, Joti Sidhu, Visual Contact, Ultravoice, Electro Sun, Time Lock, Spade, Phanatic, Dual Core, Perfect Stranger, Cyrus The Virus, Electrixx, 220v, Stereomatic, entre outros.
Em breve Elvinho irá disponibilizar na internet o novo álbum do seu projeto Scrovinsky (ainda sem nome). O álbum contará com oito tracks, sendo quatro produzidas no software Fruity Loops e quatro tracks produzidas no Logic. "Resolvi identificar na relação das tracks quais foram produzidas no Fruity Loops e quais foram feitas no Logic. O Fruity Loops era o software que eu usava antes de migrar para o Logic. Para alguns pode ser interessante saber onde fiz cada track e acompanhar a evolução do meu trabalho", explica Elvinho. Confira a relação das tracks:

- Logic Session -
1 Scrovinsky - Rock Da House
2 Scrovinsky - Energy For Growth
3 Scrovinsky - Guys and Dolls
4 Armin Van Buuren - Shivers (Scrovinsky VS Victor Ruiz Remix)

- Fruity Loops Session -
5 Scrovinsky - The Crystal Wall
6 Scrovinsky - B-Side
7 Scrovinsky - Ask The Dust (Live Mix)
8 Scrovinsky - Return (Live Final Mix)

Fala Elvinho, muito obrigado por ter aceitado participar da entrevista. Por favor, faça um breve release de sua vida.
Tenho relação com a música desde criança tocando em bandas de rock como baterista, guitarrista e vocalista, assim criei em 2006 o projeto Scrovinsky. Com um Full on caracterizado pelas melodias, elementos psicodélicos e basslines bem definidos, o Scrovinsky já se apresentou em estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Alagoas.

Quais Djs e projetos influenciaram diretamente sua maneira de tocar? Como e por que?
Minha família é muito ligada a música. Meu pai e meu tio são guitarristas e vocalistas, tem bandas de rock e tocam muito bem! Desde que nasci sempre convivi com música, sempre ouvi bandas de rock dos anos 70 até as atuais. Acredito que o que mais me influenciou nas minhas produções foi esse universo que sempre vivi. Já dentro da e-music tem algumas coisas que curto muito e que sem dúvida influenciam na minha música. Astrix, Shanti, Wrecked Machines, Domestic, Neelix, os trabalhos antigos do System Nipel são alguns exemplos. Fora do estilo que produzo, mas ainda dentro da e-music, tem alguns projetos que acho muito bons, como: Orbital, Underworld, The Crystal Method, The Prodigy, Portishead, The Chemical Brothers, Massive Attack.

Escuto de muitas pessoas que gostam do seu trabalho por sua música foge do fullon convencional, o que vem sendo tocado constantemente em eventos. Qual a “marca” do som do Scrovinsky? Como você analisa sua música?
Essa é uma das coisas que me deixa feliz sobre meu projeto. Sempre ouço esse tipo de elogio! Eu tento ter algum diferencial e apesar de fazer algo mais comercial, tento sempre ter bom senso. Dentro do Psytrance a linha que separa o pop bom e o ridículo é muito frágil, eu diria. Sobre a marca do som do Scrovinsky, acredito que seja sempre as linhas melódicas, com os graves em destaque. Kick e Bass sempre estarão em primeiro plano para mim quando vou produzir.

Hoje em dia o que vem se destacando na música eletrônica é o ritmo muitas vezes denominado de low beats, e com isso, o electro, prog e minimal, por exemplo, cada vez mais vem tomando conta dos eventos, em geral. Para você, os Djs atuais devem ir de acordo com o que vem acontecendo na “cena” e se atualizar, tocando um pouco de cada ritmo? Por que?
A música eletrônica está sempre se atualizando, evoluindo, progredindo, independente das batidas por minuto. Eu acho que o produtor e o DJ têm que seguir o mercado como em qualquer outra profissão. Se o cara quer viver disso, tem que seguir o mesmo caminho da evolução da e-music. Isso não quer dizer que ele precisa abandonar um estilo e correr atrás de outro que está bombando mais. Eu enxergo essa situação como um momento de tentar inovar dentro do estilo que você trabalha.

Já escutei muito que o fullon é música de “frito” e o low bpm, música de gente madura. Sinceramente, discordo plenamente de tais denominações e acho que são denominações dadas por pessoas que “seguem modinha”, tudo é questão de gosto, as pessoas deveriam simplesmente assumir seu gosto musical, sem passar um visão preconceituosa sobre um determinado estilo. Como você analisa isso tudo?
Bom, você já respondeu a pergunta (risos).

Segundo Lara Brittes o fullon está vivendo uma gangorra, hora por cima, hora por baixo por causa de um modismo cada vez maior do “low beats”. Como você analisa tal afirmativa?
O Full on ajudou muito a abrir as portas para esses novos estilos de música que agora estão nos Line-ups das festas rave, pelo menos no Brasil. Há alguns anos as festas open-air contavam com projetos voltados mais para o High BPM. Ao mesmo tempo que pareça negativa essa situação de que o full on esteja “perdendo espaço”, é positivo, pois as pessoas estão descobrindo outros estilos além do Psytrance. Acredito que full on sempre terá seu espaço, pois acho muito difícil rolar uma festa rave de longa duração apenas com Low BPM. Pelo menos na minha opinião, fica muito enjoativo.

Em um mercado tão fechado e concorrido, vejo um som muito semelhante e coincidentes até em diversas músicas, sets e lives de variados artistas. O que se tem que fazer para deixar de ser “mais um” e se destacar no meio de tanto DJ bom?
Além de ter que ser bom naquilo que você faz (óbvio), o artista tem que buscar algo para se destacar. Em um mercado fechado e concorrido, buscar algum diferencial é uma boa chance de crescer. Ter carisma, humildade e os pés no chão também são essenciais.

Você já tocou por diversos lugares do país. Em qual deles você percebeu que realmente existe uma “cena eletrônica” e não um “comércio de música”, onde produtores de eventos só visam lucros? Por que?
Não tenho do que reclamar quanto a isso. Independente de cada região, tive a sorte de trabalhar até hoje para núcleos que sempre olharam para seus eventos não só como uma fonte de lucro.

Todos temos vários sonhos profissionais, nesses anos de carreira você já conseguiu realizar algum, qual ? E dos que não foram realizados, qual é o que você está correndo mais atrás para realizá-los?
Olha, meu sonho atualmente é tocar em outros países e também nos maiores núcleos do país, mas chegar onde cheguei em menos de dois anos tocando já é um sonho mais que realizado! Sou feliz demais por tudo que realizei, no trabalho e na vida em geral. Ver a pista bombar com suas músicas é um sonho realizado para qualquer produtor. Tocar em lugares que você nunca imaginou estar, conhecer pessoas, fazer verdadeiros amigos, ganhar admiradores de vários países, enfim, viver daquilo que você mais ama fazer!

Nesse ano de 2009 você teve a oportunidade de tocar no Soulvision Festival que acontece na cidade de Antinopólis interior de São Paulo, qual foi a sensação de ter tocado em um festival, existe algum festival em particular que você deseja mostrar seu trabalho e por quê ?
Para mim foi muito especial, principalmente pelo fato de eu ter estado em todas as edições desse festival e de ser bem perto da minha terra. Tocar em um festival é uma oportunidade de ter seu trabalho divulgado pelo país afora.

Pelas festas em que você tocou pelo Brasil, qual você destaca como a melhor e qual foi a sensação de ver o público delirando a cada música sua ?
Responder isso é difícil, pois cada canto que toquei tem uma magia diferente, um momento marcante, um tipo de público, etc. Já toquei para mais de dez mil pessoas, já toquei para dez
pessoas e isso não responde qual foi a melhor e qual a pior. Uma música minha pode me lembrar algo ali no palco e me fazer o dia; uma pessoa na pista pode transmitir algo maravilhoso para quem está tocando; a festa em si pode estar em perfeita harmonia com você... ou então isso tudo ao contrário. Não tem como dizer qual foi a melhor festa.

Atualmente você vem se dedicando a um projeto paralelo ao Scrovinsky, o Lithium que é uma parceira com o Vitor Ruiz ex-Prisma, de onde surgiu essa parceria ?
O Vitão foi um cara que conheci na internet em 2006 por causa das minhas produções, que na época eu fazia sem nenhum compromisso e jogava na internet. Ele também produzia e nos tornamos amigos. Nossos gostos sempre foram semelhantes e até que rolou a oportunidade de produzirmos juntos, logo quando ele abandonou seu ex-projeto Prisma no ano passado. É um grande brother, além de tudo!

O Lithium vem seguindo uma linha bem diferente do seu projeto e do antigo Prisma, quais projetos servem de inspiração para a produção de vocês ?
Como a linha do Scrovinsky é mais comercial e melódica, sempre tive vontade de produzir algo com uma pegada mais reta, mas seria complicado encaixar isso no meu projeto Scrovinsky e como o Vitão também estava mais concentrado em projetos assim, resolvemos levar o Lithium para esse rumo.

De onde surgiu o nome Scrovinsky ?
O nome Scrovinsky é uma história bem antiga. Eu era uma criança curiosa, que perguntava sobre tudo e as vezes, bem chata. Para se livrar e também tentar mudar essa mania, um tio meu começou a responder a palavra Scrovinsky para todas aquelas minhas perguntas. Quando eu perguntava “o que é isso?” a resposta era sempre “Scrovinsky”. Desde minha infância esse nome ficou grudado em minha mente e acho que funcionou! Falando nisso, foi esse meu tio, juntamente com meu pai, que me apresentou a música, sempre me deram instrumentos e me apresentaram os sons das melhores bandas de rock.

Uma vez você disse que tinha vontade de montar um projeto de low bpm, ainda tem vontade? Qual estilo você iria seguir e por quê ?
Estou gostando bastante de House e Techno, mas ainda estou conhecendo esse campo. Espero conseguir tempo e inspiração para logo logo ter um Live nessas linhas.

Elvinho, muito obrigado por ter disponibilizado um tempo para responder essa entrevista. Por favor, deixe um recado para os leitores.
Eu quem agradeço pela oportunidade! Espero que tenham gostado! Muita festa, felicidade e consciência!

Gostaria de deixar aqui meu agradecimento ao Rafael Donário, por me ajudar a criar esta entrevista que gostei bastante do resultado final. Espero que todos gostem também! Comente!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Trentemøller

O Dinamarquês Anders deu início em sua carreira no ano de 1997 junto com o DJ Tom no projeto TrigBag, sendo este considerado o primeiro live act da Dinamarca de house music, tal projeto teve uma carreira curta e em 2000 Anders passa a assinar seu novo projeto apenas com seu sobrenome, TRENTEMOLLER.
O Trentemoller conquistou rapidamente o público com um som único, sendo então considerado um dos melhores projetos de música eletrônica do mundo, e com isto passou a tocar nas melhores festas, boates e festivais da Terra.
Esperado muitas vezes pelo público carioca finalmente Trentemoller chega a cidade maravilhosa no próximo fim de semana, na edição de 5 anos do Chemical Music, trazendo uma certa dúvida do que esperar de sua apresentação, pois Anders mudou demais seu som desde o início de sua carreira e hoje está com um som “moderno e relativamente “estranho””.
O Dinamarquês entrou para o celeto grupo dos melhores produtores do mundo após trabalhos como o remix de “What Else Is There” e do albúm “The Last Resort”, fazendo com que ele ganhasse os principais prêmios e participasse de matérias das principais revistas de música eletrônica de todo Globo.
Este mês o Trentemoller lança seu primeiro cd remixado após grandes sucessos já citados acima além da coletânea "The Trentemøller Chronicles", da faixa “Moan” e do EP "Physical Fraction". Com isso vale a pena conferir alguma das apresentações do renomado DJ que estará no Brasil entre os dias 23 e 31 de maio, passando pelo Rio de Janeiro (Chemical Music), São Paulo (D-Edge e Anzu), Belo Horizonte (Tribe) e Curitiba (Xxxperience).

domingo, 17 de maio de 2009

Maestro Vs DJ

A sala São Paulo abriu suas portas para um encontro até um certo ponto inusitado, fazendo assim com que as batidas de música eletrônica ecoassem na sala junto com o som da orquestra Bachiana Filarmônica. A união do “antigo” com o “atual” através do encontro firmado pelo maestro João Carlos Martin, este que era pianista e por problemas de saúde tornou-se um dos maestros mais respeitados e consagrados do país, com o DJ Anderson Noise levou aos presentes na sala São Paulo uma música de qualidade e futurista.
Uma combinação de gerações de alto nível que tende a apresentar dois grandes estilos musicais aos jovens de todas as idades do nosso país. Sendo então, o público alvo de “jovens” conhecedores de músicas clássicas e que muitas vezes não tem a percepção de existir música de qualidade fora de grandes teatros e orquestras, e ainda para os jovens do século XXI que também tem a cabeça voltada apenas pro atual e para o que está na moda, levando assim conhecimento de dois ritmos tão distantes, mas tão próximos quando unidos, parecendo que clássicos já foram criados com batidas eletrônicas de tão espetacular que é a forma que aquelas se misturam com o som produzido pela orquestra comandada pelo Maestro João Carlos.
Com mais acertos do que erros o encontro promete ser repetido em mais apresentações para público ainda maiores do que o presente na São Paulo. Faltou apenas ter equalizado de forma correta o volume, pois infelizmente muitas variações da orquestra não foram acompanhadas pelas batidas eletrônicas, fazendo com que o que era pra ser a atração principal da noite tornar-se coadjuvante da música que embala muitas raves por todo o Brasil, mas mesmo assim, uma apresentação emocionante e incrível que com alguns ajustes para futuras edições ficará perfeita e inesquecível.
Notório foi que o DJ e o Maestro gostaram do resultado final, mostrando que se depender da alegria e empolgação de ambos este projeto só tende a melhorar e expandir ainda mais.

sábado, 16 de maio de 2009


Graças a Deus está virando rotina em Niterói, mais uma vez anunciado um evento de qualidade na cidade sorriso. A festa Skol Sunrise chega a cidade com um formato que agrada ao frequentadores e admiradores da música eletrônica, em uma festa totalmente on day, com inicio as 12:00h do dia 7 de junho (domingo), o público poderá curtir e dançar muito com os amigos ao som de muita música de qualidade, onde a pista será comandada por nomes como Gui Boratto, Carlo Dall'anase e Life is a Loop.

Line Up:

12h00- Abiramia
14h00- Dri.k
16h00- Leo Janeiro
17h30- GUI BORATTO live!
19h00- CARLO DALL'ANESE
20h30- LIFE IS A LOOP

Horário: 12:00h - 22:00h

Local: Itaqua Soccer (Rua N – s/nº - L.09 – Q. 16 - Itaipu – Niterói – RJ).

Ingressos: 1º Lote
masculino: R$ 40,00
feminino: R$ 30,00

INGRESSOS COMIGO

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Mamãe, sou VIP!


Navegando pela internet passei pelo Blog do Roosevelt e pela comunidade da Euphoria JF, e em ambos possuíam informações/opiniões/discussões sobre a utilidade da área vip em um evento de música eletrônica.

Muita gente que frequenta raves/pvts a muitos anos, afirma que no inicio não existia tal lugar nas festas e que isso foi invenção dos produtores atuais para ganhar mais dinheiro após o “boom” das raves. Já quem utiliza desses “serviços” oferecidos garantem que não há nada melhor, tendo em vista que é mais seguro e é “melhor” frequentado.

Respeito ambas afirmações, mas sinceramente, acho que a área vip realmente não deveria existir. Não vejo motivos nenhum para achar mais seguro do que o “resto” do evento, e normalmente, tal espaço não oferece nenhum serviço exclusivo, a não ser entrada, banheiros e bares, coisa que, se o evento for bem organizado, vai ser da mesma forma fora da área. Costumo me referir a esta parte da festa como “curral vip”, pois é triste ver uma pessoa pagar um ingresso bem mais caro, dentro de um espaço que muitas vezes não tem condição de receber a metade do número de pessoas que estão ali. Mas fazer o que ne? Opção dos pagantes!

Fato é que muita gente gosta de ostentar, falar que é VIP, mostrar que “pode” com aquilo (muitas vezes deixou de pagar uma conta pra comprar tal ingresso! Inversão de valores é foda!), de estar entre “pessoas importantes”, de fazer contatos, de mostrar e colecionar pulseirinhas, de tirar fotos destas pra colocar no orkut...

Já participei de formação de algumas listas Vips, em que por exemplo, o ingresso seria revertido todo em bônus bar, e com o nome na lista, não precisaria pagar o minimo da consumação (o ingresso), e por diversas vezes escutei: “Sei que vou consumir muito mais que o valor do ingresso que é de consumação, mas nada como ter o nome numa lista Vip ne?”.

É? Não sei... Se a área vip for te oferecer uma “pista” exclusiva, por exemplo, como é o caso da Chemical, pode até ser que esteja valendo a pena, mas não no valor absurdo que está sendo cobrado (R$ 120,00). Esse é outro problema, as festas no Rio são extremamente caras, já vi festas tão boas ou melhores do que muitas que acontecem por aqui com preços bem mais acessíveis. Mas essa é uma outra discussão.

Posso afirmar com todas as letras que essa bendita área não tem nada de mais seguro, as duas maiores brigas que presenciei dentro de eventos de música eletrônica foram em locais contendo pessoas importantes (pode ser que pelo menos pra mãe, elas sejam né?rs). A primeira briga foi no reveillon na praia da Barra onde aconteceu a edição da REMF Reveillon com Astrix e A&B, onde após o som ser desligado, as pessoas que estavam na área começaram a brigar quebrando garrafas uns nos outros, além de outras coisas, os seguranças do local simplesmente saíram correndo, e quem tentou apartar a confusão foi o “povão” que estava do outro lado da “cerca” (aquela que divide o conto de fadas do mundo real.), porém tal tentativa foi em vão, já que os “príncipes” estavam dispostos a começar o ano morto ou na delegacia. Assim, a policia, pessimamente preparada para tal fato, chegou soltando muito gás de pimenta para separar a briga, conseguiram, mas quem estava a muitos metros de distância, como eu, foi atingido pela nuvem de pimenta, e no meu caso, parei desmaiado no posto médico do evento.

A segunda confusão ocorreu na Kaballah Rio 2008, onde no inicio do Live de David Amo e Julio Navas uma briga começou também, fazendo com que o som parasse para que fosse pedido PAZ. Isso foi no mínimo ridículo. Após o som voltar, nítido era que a dupla mais esperada (pelo menos por mim!rs) para a Kaballah não estava mais disposta a animar um público tão mal educado, fizeram uma apresentação “feijão com arroz” muito longe da excelência que já apresentaram por diversas vezes ao público carioca. E quem perdeu com isso? O “povão” que estava todo “junto e misturado”, mas que pelo menos teve a educação de passar a festa toda curtindo da melhor forma possível. Muitas vezes essas brigas começam pela disputa de “grande egos de grandes pessoas importantes”.

Sem contar que, geralmente, a área vip é “front stage” tirando a oportunidade de alguem que queira ver seu Dj preferido de perto porque tem uns e outros fazendo figuração na frente do palco que estão pouco ligando se quem ta tocando é o Infected, o Ticon, D-nox, Booka, Paranornal, Marboro ou Mc Marcinho (nada contra a qualquer expressão musical. Não gosto, mas respeito.). Esse espaço cercado de “pessoas muito importantes” já foi mais “aturável” quando era mais democrático e ocupava o espaço até a metade do palco. Hoje em dia é insuportável ver e participar. Não vejo razão de ser em um local que não te oferece nada a mais, nada de diferente, mas claro respeito.

Eu gostaria de saber onde estão dois dos princípios que os frequentadores de raves prezam tanto.

Cadê o RESPEITO? E a UNIÃO? Esses acabam por causa de uma pequena cerca? Por causa de um ingresso mais caro?

Será?

Com ou sem área vip, as produções dos eventos deverão respeitar todo o seu público, dando-lhe uma festa de qualidade com uma ótima infraestrutura afim de receber todas as pessoas de forma igual, pensando, desta forma, nos prós e os contras de suas atitudes e decisões. E ao público, respeitem-se para serem respeitados. E exijam eventos de qualidade.

sábado, 9 de maio de 2009

A conexão do Universo

Recebi esta semana o informativo da ConxeãoPsy sobre o UP #10. Usei os serviços desta Trip na última edição do Universo Paralello e não tenho nada para reclamar, pelo contrário, só elogios. Organização, conforto, preocupação com os clientes e qualidade no serviço prestado são algumas das características fundamentais para que uma excursão longa como feita para Pratigi deve ter, e a Conexão tem todos estes, e não pecou em nada, sendo assim um sucesso absoluto, levando-nos ao mundo totalmente paralello que nos proporcionou momentos maravilhosos e inesquecíveis. E se você quer viver isso tudo de novo, ou viver pela primeira vez, eu recomendo ir com a ConexãoPsy, pois como nenhuma outra trip saindo do Rio, esta tem 7 anos de experiência, sabendo assim, tudo que é necessário para atender seus clientes da melhor forma possível.

Saudações Paralellas!!!

Há sete anos a Conexão PSY ligou pela primeira vez as turbinas de sua nave psicodélica e seguiu rumo ao então desconhecido festival Universo Paralello.Foi a primeira vez que o Rio de Janeiro teve um ônibus de luxo seguindo pra um festival tão distante. Foi um sucesso.
Na edição do ano passado a Conexão PSY bateu todos os recordes e junto a Trip2 montou uma operação inédita pro Brasil. Foram mais de 200 passageiros entre pacotes terrestre e aéreo. Toda a viagem foi um sucesso em organização, conforto e qualidade profissional. Afinal são 7 anos de experiência, sem nenhum incidente, com dezenas de festivais e milhares de passageiros, não podíamos obter um resultado diferente.
Ao contratar nossos serviços, o passageiro pode ter a certeza que esta adquirindo o melhor em termos de qualidade e preço. Não oferecemos um produto “barato” porem sem qualidade, nem “caro” e com qualidade questionável. Trabalhamos com as condições exatas pro seu bolso dando muito mais magia a sua viagem.

Reveillon

Universo Paralello edição especial de 10 anos
- Praia de Pratigí – Costa do Dendê – Bahia
26/12/09 á 04/01/2010

Onze dias de descanso, paz , sol, praia, musica, gente bonita e muuuuita diversão.

Infos gerais

Terrestre

:: Saída: 26/12/2007 - Rio de Janeiro e Niterói
:: Retorno: 04/01/2008 - Praia de Pratigi – Costa do Dendê – Bahia

>>> INCLUSO NO PACOTE TERRESTRE (ingresso + ônibus + kit embarque) <<<
- Ida e volta em ônibus leito turístico de 2 andares, 5 estrelas;
- 4 TV’s – DVD – SOM – MP3 PLAYER – MESA DE JOGOS;
- Banheiro;
- Ar condicionado ecológico;
- 2 motoristas profissionais;
- 1 guia; - Serviço de bordo com gelo, água, refrigerante normal, diet e cerveja;
- Seguro APP (acidentes pessoal de passageiros);
- Seguro resgate e saúde, individual e particular;
- Roteiro monitorado por GPS;
- Embarque feito com segurança particular (proteção de bagagem e pertences);
- Escolta (prevenção contra ataques a turistas);
- Kit Viagem com vários brindes e laricas;
- Kit primeiro socorros;
- Mantas e travesseiros.
• 8 dias de Camping na beira da praia
• 7 dias de música
• Atividades artísticas e culturais – “Circu-Lou” no UP
• Feira Mix*
• Restaurantes*
• Bares*
• Lanchonetes*
• Primeiros Socorros 24hs (com farmácia disponível)
• Salva Vidas 24hs
• Segurança
• Grande número de Chuveiros (com água tratada)
• Grande número de Sanitários (manutenção 24 hs por dia)
• Aspersões refrescantes na Pista
• Estacionamento com Segurança*
• Transporte*
• Camping
*cobrados à parte do ingresso
VALORES E PARCELAMENTOS SÓ DO TRANSPORTE TERRESTRE
R$ 380.00 até 31 de julho
8x de R$ 52.50 (com inicio em maio)
7x de R$ 60.00 (com inicio em junho)
6x de R$ 70.00 (com inicio em julho)
Total: R$ 420.00 por passageiro, já incluindo taxas de parcelamento
VALORES E PARCELAMENTOS DO PACOTE COMPLETO (EXCURSÃO + INGRESSO)
R$ 600.00 até 31 de julho
8x de R$ 85.00 (com inicio em maio)
7x de R$ 97.50 (com inicio em junho)
6x de R$ 113.00 (com inicio em julho)
Total: R$ 680.00 por passageiro, já incluindo taxas de parcelamento de excursão + ingresso
* vagas limitadas a 30 passageiros por lote.
** o valor do ingresso esta sendo calculado de acordo com os valores da ultima edição do festival. Caso tenha reajustes o valor será repassado para os passageiros.
*** todos os valores tem que ser quitado até 20/12/09.
FORMAS DE PAGAMENTO
Deposito via conta poupança:
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Roosevelt Soares
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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Raves: É proibido proibir?

Navegando pela internet achei este texto, escrito por Gabriela Loschi e publicado no psyte, simplesmente espetacular, sobre um dos assuntos mais discutidos na cena eletrônica: A proibição das raves.
Segue texto completo abaixo:

"Campinas, 21 de março. Milhares de pessoas se preparavam para aquela que seria a maior edição da Kaballah. Oito horas da noite, caravanas de todo o Brasil, rumo ao Pólo Marquesa, recebiam desolados a notícia: uma liminar da justiça proibiu a realização do evento. Motivo? Um vizinho (que não quer ser identificado) moveu um recurso, sob alegação de barulho. Renato Pavoni levou um prejuízo de R$ 85, “o que não é nada perto de quem vinha de longe, e perto do que os organizadores perderam. É preciso analisar, que nesse caso, prevaleceu a vontade de apenas uma pessoa, que ganhou [o recurso] porque tinha dinheiro”.

Dezembro de 2008, Guapimirim - RJ. Prefeito Nelson do Posto proíbe realização da Organix. Motivos: “Neste tipo de evento ocorre excesso de consumo de drogas, além de alto índice de vandalismo após o término das festas, com quebradeiras e brigas generalizadas”. Nota da organização: “Somos vítimas de preconceito e discriminação partindo de todas as partes”.

Jaguariúna, 25 de agosto de 2008, festa SOMA cancelada. Duas semanas antes, toda a papelada pronta, o prefeito Tancísio Cleto Chiavegato sanciona a lei Nº 1.817 que “proíbe, no âmbito do Município de Jaguariúna, a realização de eventos e festas de atividades dançantes conhecidas como Festas ‘Rave’ e semelhantes”. E mesmo com o AVCB do Corpo de Bombeiros em mãos, atestando a segurança da festa, não teve jeito... Prefeitura de Cabreúva nega alvará para realização da PsyArena. Alegações: “festas raves” são mal vistas no cenário nacional e recentemente ocorrera uma morte numa rave grande da região. Por prevenção, não liberaram.
Já há algum tempo essas histórias têm ecoado alto, de norte a sul do país. Mas o que esses e muitos outros casos semelhantes querem dizer? A verdade é que quando não se consegue proibir por leis, autoridades têm conseguido ações judiciais que impedem a realização de uma - e quantas mais forem necessárias – festa. A tendência pegou principalmente nos últimos três anos, depois do boom da música eletrônica. Foi com a popularização das raves que os problemas judiciais começaram a aparecer, assim como as ocorrências dentro delas. Quando eram pequenas e escassas, poucos se importavam, mas bastaram sair dos cafundós e adentrar nos domicílios, para serem cutucadas.

A questão é que fatos como mortes, roubos, brigas e reclamações de vizinhos por barulho, por mais esporádicos que sejam, são motivos para um alvará negado. Mas será que as avaliações têm sido feitas com justiça? Onde começa o direito de um, onde termina o do outro? São posições que esbarram em argumentos do tipo: “não existem brigas em raves”, “as festas são da paz”, “não há mais uso de drogas do que em outros eventos”... Essas afirmações se respaldam na percepção de que em carnaval e outras festividades, acontece tudo aquilo e mais um pouco. É sabido que em micaretas e muitos outros eventos, todos consomem bebidas alcoólicas muito além do normal, acarretando em mortes e acidentes, e mesmo assim, elas são toleradas. Também não é possível dizer com precisão em que locais as drogas são mais usadas, pois as estatísticas no Brasil ainda estão sendo mapeadas. Mas então... Por que tanta perseguição aos eventos de música eletrônica? Seria censura? Preconceito? Precaução? Mas... proibir esse tipo de festa, que é uma manifestação cultural, seria uma boa precaução?

Essa questão envolve posicionamentos ideológicos, criminais, judiciais, culturais, sociológicos e até mesmo constitucionais, já que o Artigo 215 do texto constitucional da cultura diz que “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais”.

LONGA DISCUSSÃO
Muitos países já tentaram proibir. Londres ficou famosa, na década de 90, quando o parlamento aprovou leis anti-raves, e as squats – raves escondidas - se proliferaram. Na mesma época, Los Angeles proibiu. Hoje, alguns eventos sofrem repressão pela polícia na Itália e na França, e Portugal teve o território do último Boom invadido, com o objetivo de acharem entorpecentes no local, que pudessem cancelar o festival. Nada foi encontrado. Ibiza foi surpreendida ano passado com uma lei que proíbe festas durante um período do dia. Segundo alguns tablóides locais, isso poderia acarretar em festas escondidas - a exemplo de Londres -, pois a lei descaracteriza a proposta de uma rave.

BRASIL
No Brasil o primeiro Estado a conseguir extinguir as festas de música eletrônica foi Santa Catarina. Em 2003, o delegado Cláudio Monteiro, da Divisão de Repressão a Entorpecentes da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santa Catarina, afirmou que não seria uma lei ou uma portaria que acabaria com o consumo de drogas, uma vez que este já é proibido. Em Curitiba, onde a proibição já foi amplamente discutida, o secretário Antidrogas Fernando Francisquini declarou: "Em Santa Catarina, uma lei proíbe as festas raves. Mesmo assim elas acontecem e sem qualquer fiscalização. Apesar da proibição, o tráfico de drogas é maior do que no Paraná, onde é liberado". Na ocasião, ele se disse a favor da regulamentação das festas, já que a proibição não surtiria efeitos.

Em 2007, o vereador José Elias Murad (PSDB) criou o projeto de lei 1.543, proibindo “no âmbito da cidade de Belo Horizonte a realização de eventos de música eletrônica, chamadas ‘raves’ ou assemelhadas”. Na justificativa, o texto afirmava que “este tipo de evento, que em muitos casos pode alcançar mais de 24 horas, tornou-se um terreno fértil de distribuição e consumo de vários tipos de drogas, principalmente aquelas chamadas ‘sintéticas’, como o ecstasy”. O projeto não conseguiu ser votado até o término do ano, e foi reapresentado para votação em 2009. Em compensação, no mesmo ano, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT) tentou proibir em âmbito estadual as festas em Minas Gerais, mas não conseguiu aprovação do projeto, que foi modificado para a regulamentação de eventos de música eletrônica, bailes funks e similares em todo o estado. O deputado Hely Tanquinho (PV), em parecer, disse que a proibição fere o princípio constitucional da liberdade individual.

Travando uma luta sem fim, o Rio de Janeiro tenta, desde 2003, a proibição por leis. Na capital, o vereador Theo Silva tentou. Ele afirmou, na justificativa, que assim como em bailes funks, nas raves "traficantes contratam os artistas para cantar e vender drogas para os freqüentadores". O projeto de lei foi arquivado pela não reeleição do parlamentar, mas em compensação, a criação de uma lei estadual que proíbe bailes funks e raves com mais de 12h de duração, pelo deputado estadual Álvaro Lins, e sancionada pelo governador Sérgio Cabral, atiçou a fúria de muita gente, que considerou a lei preconceituosa, já que ela não trata de eventos em geral, mas somente de dois estilos musicais. A lei teria dado respaldo à Polícia Militar, para impedir a virada do ano eletrônica em Ipanema. Um laudo policial apontou falta de segurança e a associação de moradores fez abaixo-assinado. Na ocasião, Marcelinho CIC, um dos DJs que tocaria no revéillon, chegou a declarar: "Nossos jovens terão que ouvir samba e axé, por que afinal isso pode. Lamentável". É que as alegações de que os palcos de música eletrônica trariam multidões causando brigas, violência e desordem, foram criticadas por parte da comunidade, que não entendeu a diferença entre um evento com música eletrônica e um evento com pagode, samba, axé. É difícil mesmo de compreender. Quando não são vizinhos, a Igreja Evangélica faz força: Em Alto Paraíso, Goiás, ela pressionou tanto que a Câmara dos Vereadores quase aprovou uma lei de proibição, vetada pelo prefeito por ser inconstitucional. Ano passado, na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, um vereador quis proibir totalmente qualquer tipo de evento de música eletrônica. Recebeu críticas, inclusive do vereador Netinho, que pediu vistas ao projeto sob a seguinte alegação: “Isso é muito sério. Há eventos semelhantes como carnaval e ano novo, onde todos bebem e fumam também”. De acordo com o assessor jurídico da casa, André Domingos, o projeto é inconstitucional: “Ele fere o artigo 5º que afirma todos serem iguais perante a lei e também o inciso 8º que garante ninguém ser privado de seus direitos. O correto não é impedir a realização deste tipo de evento, mas sim regulamentar. Deve-se exigir a presença da PM, do Conselho Tutelar, de ambulância e médicos e também a fiscalização de instalações elétricas, arquibancadas e infra-estrutura em geral”.

No Estado de São Paulo, o deputado Estadual Fernando Capez (PSDB), através do Projeto de Lei Estadual 1.388/07, que visa a regulamentação das festas de música eletrônica no estado, levantou discussão fervorosa entre a comunidade. O Psyte promoveu um debate entre internautas e o parlamentar, no qual Capez afirmou nunca ter ido a uma rave, mas ter “conhecimento do que ocorre nesses eventos”. O Projeto ainda não foi votado. Em Campinas, o vereador Zé Carlos (PDT) também ainda não conseguiu aprovar seu projeto de lei, mas a cidade dificulta cada vez mais os eventos, e vizinhas da Região Metropolitana, como Pedreira, também estão tomando suas providências, pois afirmam não ter estrutura para receber tais festas. Algumas justificativas são vagas, como a do vereador Flávio Ferraz Avezum: “Temos informações de que nas ‘raves’ ocorrem envolvimento dos participantes com o consumo de drogas, principalmente o ‘ecstasy’ e com a promiscuidade”. Para essa argumentação, a estudante Camila Favanella responde: “Ecstasy ninguém nega! Mas promiscuidade? Esses vereadores deveriam se informar melhor antes de saírem por aí criando leis!”. Quem vai em rave sabe: dizer que são antros de sexo – assim como palco de brigas - é o mesmo que dizer que em carnaval ninguém se beija. Fatos isolados não deveriam ser tomados como gerais.
MAS... CENSURA EM PLENO SÉCULO 21?
Pois é. Quando José Sarney assumiu a presidência em 1985, no lugar de Tancredo Neves, muita gente pensou estar enterrando a ditadura, e com ela a censura. Já fazem quase 25 anos e o brasileiro não espera viver aquelas repressões novamente. Acontece que, para muita gente, a música eletrônica vive hoje um momento crítico, em alguns casos de retaliação (por gente que não conhece, nunca foi, e simplesmente não gosta e quer proibir) e de injustiça. Não se trata de exagero. Basta olharmos os fatos e refletirmos. Há demagogia e argumentos preconceituosos e conservadores envolvidos. “Freqüento festas há 10 anos e sei que muita coisa do que falam é mero preconceito. Mentira. E das grandes. Para mim, a mídia ajuda a espalhar esses boatos”, afirma Rafael Salles, de Curitiba. Mas há também assuntos sérios que necessitam providências, em especial o uso de drogas.

O psicólogo Murilo Battisti, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo, estuda drogas sintéticas, principalmente o ecstasy, e é contra a proibição das raves, pois, segundo ele, não resolve o problema das drogas: “Já foi feito na Inglaterra e é um exemplo claro de política pública que não dá certo. As raves têm participação no uso de drogas no mundo, pois sua proposta é um convite a uma experiência sensorial – tem a iluminação, a música, a decoração – e é nesse convite que o uso de drogas entra. Existe também uma postura química intensa, onde o jovem acredita se divertir mais com essa química. Mas em que momento ele parou para fazer esse tipo de reflexão? A ferida é mais embaixo. O desafio é grande, mas a solução passa possivelmente pelo respeito à diversidade, ou seja, focar em prevenção”.

Para Guilherme Sala, o DJ Feio, que está há mais de dez anos na cena, as drogas são um problema que está presente em todas as partes: “das favelas às altas esferas da sociedade mundial, então não seria uma desculpa plausível”. Já tem, inclusive, muita gente dizendo que, se para acabar com as drogas, é necessário proibir as raves, então para acabar com a violência dos estádios, seria necessário proibir os jogos de futebol! “Para mim, é um racismo à juventude brasileira e mundial, com relação à música eletrônica, mas nós, enquanto Xxxperience, temos um respeito muito grande pelos órgãos públicos, que sabem que absolutamente tudo o que é exigido, é cumprido”, completa.

Segundo a psicóloga Maria Valéria, na época em que o rock surgia com toda a sua força, havia algo semelhante: diziam que era música de louco, de drogado, que eram jovens baderneiros etc. “O novo assusta, e a força do jovem é geralmente repreendida e questionada”, explica. Murilo Battisti afirma que naquela época havia juízo moral, como ocorre hoje: “O rock surgiu como uma forma de protesto, portanto, essa história que estamos vendo, não é nova. Temos que parar e olhar para os processos históricos”.

DIFÍCIL PROIBIR, E REGULAMENTAR?
A proibição é um fato em alguns lugares, mas em muitos outros, apenas tentativas frustradas. A alternativa para os políticos, então, é alterar o texto para a regulamentação. Solução, inclusive, aceita pela maioria dos organizadores de eventos, que veem como algo bom e necessário para a cena e para toda a comunidade. Mas a questão é: De que forma será feita essa regulamentação, sem que prejudique a essência e a proposta de uma rave? Sem que prejudique o mercado que emprega milhares de pessoas? Para isso, os empresários da cena gostariam de dialogar com os poderes públicos, e juntos encontrarem um consenso.

Rodrigo Picollo, que trabalha com gestão administrativa e organização de eventos, entende que regulamentar as raves é um passo importante, “porém o que se vê é um grande desconhecimento do que são essas festas, sua cultura, seu objetivo. Elas precisam ser regulamentadas sim, mas mantendo suas origens: festas em locais amplos e abertos, ao ar livre, prezando pela harmonia entre natureza e ser humano. Além disso são festas de longa duração, pois há várias vertentes na música eletrônica, e uma rotatividade do público”.

Ele e muitos outros organizadores procuram trabalhar em conjunto com a polícia, para inibir a entrada de substâncias psicoativas. Afirmam que o consumo de drogas em seus eventos reduz em até 20% a compra de produtos internamente, como bebidas e alimentos. Fernando de Oliveira, há sete anos trabalhando com eventos, diz que “o papel da polícia é inibir a ação daqueles que prejudicam a cena eletrônica, ou seja, os bandidos e traficantes. E o nosso é colaborar com as autoridades”.

Porém, as reclamações são no sentido de que as leis são autoritárias e não propõem o diálogo. A maioria das regulamentações atuais visam a enquadrar as raves nos parâmetros de festas já existentes, como uma boate em local fechado. Da forma como está sendo feita, sem debates, força por tabela, a extinção delas. “Não há, atualmente, políticos com ‘mente aberta’ para entender a cena, e em conjunto com os organizadores, formular regras que definam segurança, conforto e responsabilidade social”, afirma Rodrigo. O psicólogo Battisti, concorda que regulamentar não significa criar obstáculos para que ela exista: “Na Europa, os organizadores têm se mostrado extremamente colaboradores com as autoridades. Muita gente depende do segmento: garçons, promoters, empresários, faxineiros, DJs, organizadores, decoradores, e por aí vai... Eles vivem disso. Chegou a hora de criar condições para que a festa ocorra com segurança e priorizando a saúde”. Para se ter noção da complexidade que é organizar um evento desses, em uma festa como aquela Kaballah que foi cancelada, mais de 500 pessoas estavam envolvidas, além dos mais de 10 mil freqüentadores. Já uma edição especial da festa XXXperience, gera mais de mil empregos, e qualquer evento precisa cumprir uma baita burocracia e uma série de requisitos para acontecer.Isso mostra que rave não é amadorismo. É profissionalismo. “É um movimento de repercussão global, de protesto, pois trás mensagens propondo mudanças, já que vivemos num mundo de violência urbana, e a cena eletrônica propõe o pacifismo; é a turma do ‘deixa disso’. Propõe uma atmosfera de inclusão, num mundo extremamente excludente. Ao mesmo tempo, é reflexo do mundo de hoje, com seu estilo de vida tecnológico, regido pela velocidade, com uma série de modismos, inseridos numa sociedade do consumo”, afirma Battisti. “Não podemos proibir rave e achar que ela vai sumir do mapa. É uma visão até ingênua”, completa. Ingênua e autoritária demais para um país que vive numa democracia. A solução mais urgente é a união entre autoridade e empresários da cena, para que sentem, discutam, dialoguem e cheguem às conclusões mais adequadas.

A sociedade pode perder muito com essa história. Mas também pode aprender. O rock continua vivo... E a música eletrônica? Só depende de cada um de nós a sua sobrevivência. Pois, abrir-se para o novo, também é se desenvolver."


Fonte: http://psyte.uol.com.br/aspx/redacao/textos/texto.aspx?seq=459

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Desde a Aldeia 2 que Niterói não presencia e nem recebe nenhum evento open air com grandes atrações. Assim, em um conceito inovador, já que a Innovation em suas últimas edições foram realizadas em clubs da cidade, trazendo nomes conceituados, como Edoardo, Dimitri Nakov e Gabe, esta próxima edição promete colocar a cidade sorriso de novo no mapa das raves de qualidade do Estado.
Para o evento que ocorrerá em 21 de agosto, já foram confirmados Logica Live e Ticon Live, a revelação da música eletrônica nacional e o projeto de progressive trance que está sendo considerado o melhor da atualidade.
Vale a pena esperar e conferir mais atrações a serem divulgadas para trazer um evento de alto nível à Niterói.

quarta-feira, 6 de maio de 2009


Uma das festas mais queridas do Rio de Janeiro, que infelizmente não teve em sua última edição, em junho de 2008 um grande sucesso, por causa de um grande público que tomou conta do Haras dos Anjos. Nítido era que em 2008 a Kaballah era a festa mais esperada do ano, justamente porque no ano de 2007, o evento foi considerado um dos melhores e mais surpreendentes do Estado, e com tanta divulgação positiva, não poderia dar outra coisa, a não ser um público exageradamente grande, sendo que Santo Aleixo não tem estrutura para receber tantas pessoas ao mesmo tempo, como aconteceu naquele dia, gerando assim um enorme e interminável engarrafamento na entrada e na saída da rave, além claro de grandes confusões durante o decorrer da festa.
Neste ano de 2009, no dia 27 de junho, a Kaballah vem com a esperança de ser a rave perfeita que foi em 2007, novamente no Haras dos Anjos e com um pré-line divulgado para ninguém colocar defeito, esta promete gerar ótimos momentos e recordações para todo o seu público.

Atrações Confirmadas:

MAIN STAGE

Megaband - Esquimo + Void
David Amos e Julio Navas
John Acquaviva
Shanti
Protoculture
Liquid Soul
Flip Flop
Dithforth
e muito mais

COCOON STAGE

Popof
Markus Fix
Chris Tietjen
e muito mais

Ingressos:
Pista

1°lote - R$50 + 1kg alim. (até 11/06)
2°lote - R$60 + 1kg alim. (até 26/06)
3°lote - R$70 + 1kg alim. (no dia)

VIP Stage:

1°lote - R$80 + 1kg alim. (até 11/06)
2°lote - R$90 + 1kg alim. (até 26/06)
3°lote - R$100 + 1kg alim. (no dia)




terça-feira, 5 de maio de 2009


Confirmando o retorno de grandes nomes da e-music à Niterói, e após o grande sucesso que foi a edição de aniversário da Innovation com Gabe Live, o Monte Cristo abre suas portas para receber no próximo dia 15 de maio, sexta-feira, o DJ internacional Boris Brejcha. Além do Boris, o line ainda conta com Leon Vs Lucas Aguiar, João Marcelo, Ricardo Estrela e Mind The Gap Live.
O Club Monte Cristo fica na Estrada Francisco Cruz Nunes nº 106, Itaipú – Niterói e os ingressos estão custando, no primeiro lote masculino R$ 30,00 e feminino, R$ 20,00, já no segundo lote os valores são de 35 e 25 reais, masculino e feminino, respectivamente.