Desembarca em terras tupiniquins no mês de agosto, Aaren San, considerado um dos melhores produtores alemães da leva “electro/house/minimal/tech” (tudojunto), que a julgar pelos dj’s que o tem como referência (D-nox, Miles Dyson, Electrixx, e por aí vai), e estilo de som que indubitavelmente vem bombando por aqui, tem tudo pra ser mais um alemão a cair nas graças do público carioca.
Enquanto o cara não dá o ar da graça, a gente aproveita pra dar uma passeada pela história da música eletrônica na Alemanha, a propósito de compreender inclusive, algumas influências que me parecem claras nas produções de Aaren San, e do próprio Miles Dyson que, em 2008, só faltou tocar em inauguração de padaria. Um som que conquistou completamente os cariocas.
Que a Alemanha é um dos pólos mais ativos da música eletrônica mundial, desde os primórdios, todo mundo sabe. Assim como Detroit está pro Techno, ou Chicago pro House, quando buscamos compreender as raízes do electro, não há como não fazer referência aos alemães.
Lá se vão mais de 30 anos desde que os Kraftwerk começaram a utilizar sintetizadores em suas músicas, dando origem ao som que posteriormente, híbrido, se tornaria o electro.
No final da década de 70, numa época que o hip-hop ainda nem havia se consolidado, a música dos Kraftwerk invadiu o gueto negro de Nova York, culminando em uma mistura absolutamente inusitada: de um lado, a maquinaria eletrônica experimental, presente na vanguarda intelectual alemã, do outro, artistas de vivência artística de rua, com a musicalidade no sub-mundo do funky, que começavam a ter acesso a recursos da eletrônica, nascia então, o electro-funky.
Paralelamente, também sob influência do electro alemão, o Techno dava os seus primeiros passos em Detroit, e após se popularizar na Europa, como num efeito rebote retorna a Alemanha, se consolidando como uma das cenas mais undergrounds do país.
Ao longo dessas décadas, o electro foi sofrendo influências de vários outros movimentos, e dessa sinergia cultural e sonora de outros países, ele foi se ramificando da forma mais globalizada possível, vide electro-clash em NY.
Obvio que esse esboço histórico não tem a pretensão de traduzir de forma absoluta nem a história da música eletrônica alemã, tampouco elucidar totalmente as inúmeras referências que provavelmente os artistas em questão têm (do próprio minimal, inclusive). Mas, dá de pensar que todo esse groove denso e funkeado, que tem nos conquistado, possui influências muito bem demarcadas no etectro-funky, e até mesmo no techno mais ‘sombrio’, pesado, que se desenvolveu por lá.
O fato é que essa herança musical, somada a um bass line agressivo, breaks curtos e secos, grooves sujos, e um que de ‘soturno no ar’, tem culminado em Lives dos mais contagiantes que, aliados às performances vigorosas dos dj’s, conquistaram um espaço cativo no público carioca.
Enquanto o cara não dá o ar da graça, a gente aproveita pra dar uma passeada pela história da música eletrônica na Alemanha, a propósito de compreender inclusive, algumas influências que me parecem claras nas produções de Aaren San, e do próprio Miles Dyson que, em 2008, só faltou tocar em inauguração de padaria. Um som que conquistou completamente os cariocas.
Que a Alemanha é um dos pólos mais ativos da música eletrônica mundial, desde os primórdios, todo mundo sabe. Assim como Detroit está pro Techno, ou Chicago pro House, quando buscamos compreender as raízes do electro, não há como não fazer referência aos alemães.
Lá se vão mais de 30 anos desde que os Kraftwerk começaram a utilizar sintetizadores em suas músicas, dando origem ao som que posteriormente, híbrido, se tornaria o electro.
No final da década de 70, numa época que o hip-hop ainda nem havia se consolidado, a música dos Kraftwerk invadiu o gueto negro de Nova York, culminando em uma mistura absolutamente inusitada: de um lado, a maquinaria eletrônica experimental, presente na vanguarda intelectual alemã, do outro, artistas de vivência artística de rua, com a musicalidade no sub-mundo do funky, que começavam a ter acesso a recursos da eletrônica, nascia então, o electro-funky.
Paralelamente, também sob influência do electro alemão, o Techno dava os seus primeiros passos em Detroit, e após se popularizar na Europa, como num efeito rebote retorna a Alemanha, se consolidando como uma das cenas mais undergrounds do país.
Ao longo dessas décadas, o electro foi sofrendo influências de vários outros movimentos, e dessa sinergia cultural e sonora de outros países, ele foi se ramificando da forma mais globalizada possível, vide electro-clash em NY.
Obvio que esse esboço histórico não tem a pretensão de traduzir de forma absoluta nem a história da música eletrônica alemã, tampouco elucidar totalmente as inúmeras referências que provavelmente os artistas em questão têm (do próprio minimal, inclusive). Mas, dá de pensar que todo esse groove denso e funkeado, que tem nos conquistado, possui influências muito bem demarcadas no etectro-funky, e até mesmo no techno mais ‘sombrio’, pesado, que se desenvolveu por lá.
O fato é que essa herança musical, somada a um bass line agressivo, breaks curtos e secos, grooves sujos, e um que de ‘soturno no ar’, tem culminado em Lives dos mais contagiantes que, aliados às performances vigorosas dos dj’s, conquistaram um espaço cativo no público carioca.
E pros amantes dessa ‘vibe’ alemã que vem espancando nos dance floors da vida ultimamente, podem se preparar.
Porque na escola onde essa galerinha se formou, Aaren San é PHD.
Para ouvir:
Aaren San: http://www.myspace.com/aarensan
Electrixxx: http://www.myspace.com/electrixxx
Miles Dyson: http://www.myspace.com/milesdyson
D-nox: http://www.myspace.com/djdnox
4 comentários:
Parabéns pra Mar, texto muito bom mesmo!!! ééééé, a alemanha vai dominar o mundo!Ah e parabens pelo sucesso do blog tbb!!!
O eletronico da Alemanha é tudo de bom e mais um pouco, amo demais! Conhecia Aaren San so de nome mesmo, mas agora com certeza vou buscar umas coisas dele. Super parabens pra Mar, textos sempre muito bem elaborados e inteligentes, fala sobre musica com a categoria de quem conhece de verdade. E, mais uma vez, parabens Rodrigo pelas otimas iniciativas do blog!
eita, brigada gente!
Rodrigo, a lisonja é minha em poder escrever num blog do qual já era fã, e leitora assídua.
marrrrrrcelli!
como sempre arrasando!! que sou sua fã de carteirinha vc ja sabe.. mas a cada texto que leio seu, minha admiração so aumenta! incrivel o seu dom com as palavras e a sua facilidade nos fazer interagir com qlq assunto! parabens sempre! vc vai looonge ;)
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