Review: Euphoria Juiz de Fora

No último final de semana aconteceu em Juiz de Fora a primeira edição da Euphoria em Minas Gerais, festa esta que foi muito esperada e anunciada como a volta da boa e velha Euphoria do Rio de Janeiro, aquela que possuía um grande conceito, era grandiosa e sempre tendo cada edição muito aguardada. Não fui a esta rave, porém pelo que venho escutando, a festa não teve nada de muito surpreendente e pecou bastante no quesito organização/produção, coisa que não deveria ocorrer já que grandes produtoras reconhecidas por ótimas produções uniram-se para tal evento e mais uma vez o ponto positivo das festas ficam por conta das apresentações dos Projetos e Djs, que não dependem em nada dos produtores. Segue abaixo um review feito pelo Rafael Donário e fotos do Rodrigo Fávera:

“Era 07h quando cheguei a Fazenda Primavera e lá de fora pude ver uma pequena amostra de como a festa estava cheia, no inicio fiquei um pouco preocupado devido ao número de ônibus que se encontravam no acostamento da estrada e a maioria com placas do Rio de Janeiro, pensei comigo que a festa seria como as daqui. Resolvi entrar na festa e já era 07h20 um horário em que muitas pessoas chegam as festas com muitas hora de duração e já imaginava que pegaria uma fila bem grande, a caminhada da entrada da fazenda até a entrada do evento foi rápida diferente do Haras, ao chegar na portaria a minha surpresa, não existia nenhuma fila, um segurança muito educado por sinal veio até a mim pedindo para conferir o convite e o documento com foto e liberou minha entrada para a revista, tendo em vista de uma festa do porte da Euphoria a revista foi bem tranqüila o que poderia acarreta problemas futuro na festa como a entrada de armas devido a ausência de detectores de metais e de uma revista mais detalhada.

Quando entrei na festa DNA estava no final de sua apresentação e como era de se esperar a grande maioria do público dançava e curtia cada virada e música daquela apresentação que me deixo com água na boca e um pouco de arrependimento por ter chegado tarde, fui dar uma volta pela festa para encontrar os amigos e juntar a galera toda em um local, andando pela festa pude repara a ausência de decoração, só existia uma tenda enorme na pista a qual futuramente vim a descobrir que foi a mesma tenda usada na festa Ultra em Setembro de 2008, alguns cogumelos infláveis espalhados pelas laterais da pista (os mesmos utilizados na Kaballah RJ) e uma bolha gigante no fundo da pista (a mesma utilizada na Euphoria RJ de Setembro de 2008), ao olhar para o palco tive certeza que a festa não estava decorada, era um palco enorme apenas com telão de Led que serviu para a apresentação do The Reality Scientist AV Show e para anúncio de outros eventos e alguns canhões de luzes para a noite, para uma festa daquele porte e com a união de tantas produtoras boas era de se esperar uma decoração melhor que fizesse jus ao nome Euphoria. Ao continuar minha caminhada pela festa senti falta de uma coisa muito importante, as LIXEIRAS, se vi duas foi muito e ainda tive o desprazer de ver um animal virando uma delas para sentar, com o passar do tempo o chão foi ficando imundo, o que deu uma ajudada foi a presença de alguns catadores de lixo que fizeram um trabalho excepcional deixando a pista menos suja que poderia ficar sem as lixeiras.

Reuni minha galera e ficamos próximo a frente do palco para poder ver a apresentação do The Interactive e logo de cara pude perceber que o som estava baixo e mau equalizado, o que se manteve até a apresentação do Wrecked Machines, como eu já tinha visto outras apresentações da dupla pude percebe uma grande evolução nas novas produções o que fez com que a galera pulasse e dançasse ao som do bom e velho full on, a cada música, a cada virada uma energia invadia a pista fazendo até quem não gostasse tanto de full on pular e estampar um sorriso no rosto. Em seguida entrou no palco uma das atrações mais aguardada pelo público mineiro o trio Krome Angels que já chegaram levantando a galera logo no inicio, o que fez com que todo mundo gritasse de alegria. Achei uma apresentação mediana com alguns pontos fortes que se resumiram as músicas mais famosas e conhecidas pela maioria do público o que deram a eles o status de melhor apresentação de full on do dia, que para mim ficou para o The Interactive que veio com um som mais trabalhado e inovador.

Em seguida veio a apresentação do Wrecked Machines felizmente o som foi aumentado dando um novo gás a festa, uma pena que ele não foi equalizado, pois o que já estava bom, ficara muito melhor. Estava com receio sobre a apresentação do Wrecked Machines devido ao que tinha visto na Chemical a algumas semanas atrás, quando ele abriu com Swichtback pensei logo que seria a mesma sessão nostalgia que foi a Chemical e já dei uma desanimada, a nostalgia se manteve por 5 músicas seguidas que teve seu auge com Enjoy The Silence que para minha surpresa veio com uma roupagem nova e mais evoluída me fazendo tirar o pé do chão, a partir daí a apresentação seguiu um rumo mais sério e mais dançante que levou a pista pro alto até o final da apresentação. Logo em seguida veio a transição que foi feita pelo The Reality Scientist, no momento em que a aparelhagem e instrumentos foram surgindo no palco imaginei uma coisa grandiosas que prenderia a atenção do público até o final o que infelizmente não aconteceu em conseqüência do rumo que a apresentação seguiu, o que no inicio se mostrou ser uma apresentação inovadora foi caindo na mesmice das músicas e vídeos projeções e deixando a pista morta, transformando a transição numa eternidade para o público. Um fator que veio prejudicar a transição foi a alteração do line que teria Felguk logo em seguida e para a surpresa de todos veio com Gabe Live o que fez com que a transição partisse do full on e terminasse no mininal e deixando a festa com clima de final de festa e com isso a apresentação do Gabe pareceu outra eternidade que só pegou ritmo no final quando ele toco as música do antigo Velkro.

Nesse meio tempo entre transição e Gabe Live fui dar outra caminhada pela festa e comer alguma coisa, chegando a praça de alimentação me deparei com uma fila enorme que gerou uma demora desnecessária porque existiam outros caixas próximos que estavam “vazios” mais que só vendiam tickets para o bar, uma falha que gerou grande transtorno para o público. Como sempre é visto nas festas em Minas os preços do bar e da praça de alimentação estava bem acessível, pela primeira vez em festa vi uma promoção de Salgado + Guaravita que fez bastante sucesso na parte da tarde. Logo depois me encaminhei ao banheiro e o que vi foi mais uma falha no que se trata da limpeza da festa, poucos banheiros e sem nenhuma manutenção, devido a falta de banheiros era inevitável aguarda na fila para ir no reservado que na maioria das vezes estava fedendo e cheio de lixo de todos os tipos.

Voltando a pista Felguk estava entrando e o que para mim seria mais uma apresentação se tornou numa apresentação surpreendente onde a dupla estreou seu novo live repleto de músicas novas e new mix para músicas já consagradas, deixando o público em total euphoria. Gaz James um dj que para muitos era desconhecido entrou mostrando para o que veio e trouxe para pista uma apresentação envolvente e dinâmica de total interação com o público, que infelizmente foi prejudicada devido a mudança no line. Eis que Boris “destruidor” Brejcha entra no palco e mostrou para que veio e por 1h30 fez com que a galera curtisse aquilo que para muitos seria ruim e entregando a pista de bandeja para o Neelix. Só tenho uma palavra para descrever tal apresentação SENSACIONAL, parecia que a festa tinha começado de novo quando Neelix tocou a primeira música e assim se manteve até o final deixando a pista num clima de total paz e alegria em que só se via pessoas felizes curtindo aquela que foi a melhor apresentação da festa.

Infelizmente o fim da festa estava próximo e como já era de se esperar Rank Tamp vinha com mais um set repleto de surpresas que teve inicio com a nova intro e foi passeando por várias vertentes como tech house, prog house e minimal. Foi impossível ficar parado ao som daquela apresentação que para mim está entre as melhores que já pude assistir da dupla, Fabrício Capute e Daniel Ventura que teve seu auge quando eles começaram a tocar Underworld – Born Sllipy numa versão que era impossível ficar parado e não se arrepiar com aquela q seria a melhor música do set, mais para surpresa de todas eis que Beatiful Lie do Gui Boratto começa a tocar de fundo e de forma surpreendente faz com que toda pista vá para frente curti aquele momento e se emocionar com a linda cena da dupla em estado de total alegria agradecendo ao público por aquele momento que ficará guardado na memória de todos aqueles que puderem presenciar aquele final de festa emocionante que para sempre ficará na memória e consagrando esta grande dupla como futura revelação da cena eletrônica nacional.

Num geral a festa foi ótima, seria perfeita se não fosse os erros em relação a estrutura da festa e os abusos cometidos por certas pessoas, que fizeram com que o clima da festa pesasse em determinados momentos. Um parabéns a Innova, Privilege, Acesso e Ganesh Produções pelo ótimo evento e que como esses muitos possam se repetir sem os mesmos erros.”

Fotos Rodrigo Fávera:

Álbum Principal 1: http://www.flickr.com/photos/rodrigofavera/sets/72157619561979459/
Álbum Principal 2: http://www.flickr.com/photos/rodrigofavera/sets/72157619646095634/
Álbum Principal 3: http://www.flickr.com/photos/rodrigofavera/sets/72157619645502922/
Euphoria JF – The Djs!: http://www.flickr.com/photos/rodrigofavera/sets/72157619560025689/
Euphoria – Hands on: http://www.flickr.com/photos/rodrigofavera/sets/72157619644195932/