Pretendia fazer o review da edição da Kaballah logo assim que sai da festa, mas resolvi esperar um pouco para baixar a empolgação de sair de um evento daquele porte. A caminho da Kaballah constatei o que tinha como quase que certeza absoluta, sem engarrafamentos, com pouquíssimos carros, e alguns ônibus de excursão estacionados, fácil era perceber que esta festa seria muito diferente da que aconteceu no ano passado, principalmente referente ao público, onde a festa se encontrava totalmente lotada devido ao grande sucesso da edição de 2007.
Ao chegar na portaria fui informado que a doação não seria obrigatória, não precisando comprar ticket social ou pagar alguma quantia referente a “doação”, mostrando então que a produção já se fazia inteligente em não obrigar uma coisa que deve ser voluntária. Fácil e organizado foi “resgatar” os ingressos e entrar na festa, não havia fila e os seguranças que passei foram educados e competentes, porém já vi algumas queixas referente a estes em fóruns na internet.
Entrando na Kaballah a primeira coisa que se avistava era a grande estrutura central de decoração da pista, fugindo das normais decorações com tendas cobrindo a maior parte da pista, com um grande e imponente palco com uma “gigantesca tela” onde eram anunciadas as atrações e exibidas belas imagens. Ao chegar no caixa tivemos o mesmo susto com os preços que tivemos na Chemical, porém com um atendimento rápido e agilizado também, e os bares sempre com bebidas geladas o dia inteiro. Para completar ainda mais minha satisfação com a produção da Kaballah vi que, realmente, a Cocoon Stage não era a área Vip, e que esta não tomava toda a frente do palco, como normalmente vem sendo feito.
Entrei em torno de 03:30h e Gustavo Bravetti já estava comandando a Cocoon Stage com sua apresentação performática, mostrando porque vem sendo considerado um dos melhores Djs da América. Quando ele abaixava um pouco o som, fácil era escutar os delírios e aplausos de um público entusiasmado e feliz com tudo o que tinha sido visto até ali, e com tamanha empolgação que Popof subiu ao palco para mostrar quem é POPOF, não dá para explicar o que ele fez, palavras não resumem aquilo. Lembram do diferencial que falei que faltou no Dusty Kid na Space People? Então... Foi o que sobrou nele, que trouxe um som novo e totalmente dançante. Terminando o Popof, a Cocoon ficou vazia, pois todos sabiam quem estava chegando no palco principal, o Liquid Soul.
Depois de duas apresentações tão fantásticas como a do Bravetti e a do Popof difícil seria ver algo tão bom quanto eles, mas nada impossível para o Liquid Soul que chegou de forma única, deixando todo mundo maluco com sua Crazy People e grandes outros sucessos, e me deixando com medo, porque quem viria após eles era David Amo e Julio Navas, para mim, aqueles que “pagaram” meu ingresso, e como ultimamente difícil é prever o som que eles irão tocar devido a tamanha qualidade e diversidade musical que ambos possuem. E comecei a imaginar a possibilidade deles chegarem com um tech/minimal tech, ou algo do tipo, fato este que não cairia bem após o que foi apresentado pelo Liquid Soul, ainda mais combinado com a apresentação fracassada da Kaballah 2008, se isto ocorre, era o “fim” da carreira carioca deles.
Contudo, com as primeiras batidas eletrônicas longe ficou o medo do “minimal/tech” aquela hora, e claro o electro prog “rasgadooo” que vinha pela frente, nem sei muito o que falar deles aqui, pois vai parecer a visão de um fã falando, mas sei que é impossível qualquer pessoa falar ou apontar algum ponto ruim neles, nesta última Kaballah. Entre tantas vezes que já vi este duo, sem dúvidas, esta foi inesquecível, e a melhor entre todas, superando a própria Kaballah, em 2007, Creamfields e Burn Evolution. Saíram do palco ovacionados, deixando uma pista linda para o Acquaviva, que tirou a má impressão que tinha dele desde a Euphoria Festival de 2007, sendo mais um dj excelente.
Desde a Tribe Rio 2007, no Happy Land, que não presenciava um evento de tamanha qualidade, a “preocupação” da produtora com todos, independente de “ser ou não vip” foi excelente, tratamento igual para todos. Apresentações fantásticas seguidas de excelentes apresentações... Difícil disso se repetir tão cedo! Com a chuva o público foi selecionado, e com uma festa “vazia”, comparando-se com a do ano passado, nítida era a felicidade no rosto de cada um que se encontrava com o pé atolado em lama. E sem dúvidas, a melhor de todas as Kaballahs já realizadas no Rio.
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2 comentários:
foi um festão mesmo!!!!!!!!
abertura do set do amo & navas com "human" bagunçou minha mente! huahauha
fodaaaaaaaaaaaaa \õ
Rodrigo, me mata se você quiser.
Mas discordo de muita coisa do seu review.
Bravetti errou em pelo menos 3 viradas, erros gritantes, do grupo de 5 pessoas que eu estava um olhar pro outro e falar "ele fez merda". Popof foi bom, bacana, mas muito bom, sensacional, não. Sensacional foi Trentemoller na Chemical, e não dá para comparar o que o Trente fez na Chemical com o que o Popof fez na Kaballah. Foi boa apresentação, tecnicamente sem erros, linha excelente, mas nada absurdo.
Pois bem.
Na pista principal, o Flip Flop que eu queria ver também foi outro que não decepcionou, mas também não foi excelente. Boas tracks, um som mais sério que eu curto mais, mas um set um tanto quanto inconstante, sem ter uma viajem, meio que um set onde o cara saiu tacando as musicas sem se ligar em manter uma linha, ou uma coerencia. Liquid Soul eu vi 3 tracks finais, e me arrependi de ter ficado dormindo na Cocoon.
Agora. Amo & Navas...Cara...Acho que não vou comentar pq vc é mto fã do cara. Mas alguém que inicia o set tocando The Killers (que eu adoro, por sinal), depois mete um remix da Pink, e depois toca a batidiiiissima Enjoy the silence (que por sinal tive o disgosto de escutar 2 vezes, pois, como vc deve saber tbm, Bravetti tbm tocou), meu brother.................................
No comments.
Artistiscamente falando, uma das piores festas que já fui.
Estruturalmente falando, a mesma coisa mais ou menos de mega rave. Sound system porrada, sem tenda, bares dignos, banheiro, pseudo-decor....
O que mais me marcou foi a homenagem JUSTISSIMA ao Michael. Um ícone da cultura pop não poderia deixar de receber homenagem póstumas num evento pop.
E a iluminação tbm foi a melhor que já vi, junto com a Tribe do ano passado.
E só.
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