Hoje volto aqui para cumprir o prometido, para falar então sobre o livro de Tomás Chiaverini, o FESTA INFINITA, O ENTORPECENTE MUNDO DAS RAVES. Posso dizer que este livro me deixou em uma montanha russo de sentimentos, pois por vezes achei que ele poderia ser uma “enciclopédia” do mundo eletrônico, mas algumas outras vezes tive vontade de tacá-lo pela janela.
O livro foi divulgado informando que era um relato jornalistico imparcial sobre raves, porém desde o inicio achei, e acho, que um assunto tão “polêmico” e com tantos outros assuntos relacionados, como são os eventos de música eletrônica, que é totalmente impossível permanecer imparcial até o fim de um grande relato como este.
Inquestionável é a qualidade do autor, o Tomás Chiaverini, um jornalista que buscou informações com algumas das pessoas mais importantes da cena eletrônica nacional, além de fazer uma pesquisa de campo em alguns dos principais eventos do estado de São Paulo, sendo estes:
- “Earth Dance” - (Itu-SP)
- “Mystic Tribe - 3 anos” - (Itu-SP)
- “Respect” - (Itu-SP)
- “Xxxperience” - (Itu -SP)
- “Xxxperience” - (Ribeirão Preto- SP)
- “Xxxperience” - (Itu-SP)
Além de dois dos maiores festivais do país, o Universo Paralello (Pratigi – BA) e o Trancedence (Alto Paraíso – GO). Obvio é que “apenas” baseado pelo estado de São Paulo e por estes dois festivais, o Tomás não nos passaria uma noção sobre uma cena nacional, mas de acordo com o proposto pelo autor e o apresentado no livro, seu trabalho foi feito de forma espetacular, tendo em vista que o descrito durante todo o livro aparece em forma de texto jornalistico, fazendo com que parecesse que estávamos lendo uma revista especializada.
Vale lembrar que muita gente reclamou sobre este livro ser baseado apenas em eventos paulistas, além dos dois únicos festivais já citados, porém temos que entender que para se fazer uma pesquisa de campo sobre um assunto tão amplo e em um país com dimensões continentais como o Brasil, é necessário muito dinheiro, mas como o próprio autor disse na entrevista pra este blog, “a realidade que se impõe é outra”, apesar dele querer viajar o país e o mundo, se necessário, para escrever um livro.
Festa Infinita conta em relatos um pouco da história da música eletrônica, o seu surgimento e desenvolvimento em terras tupiniquins, além claro dos sentimentos e experiências pessoais do autor que até então nunca havia ido a raves ou festivais.
Uma das informações mais importantes diz respeito ao desenvolvimento dos eventos eletrônicos, onde narra que estes começaram com um grande conteúdo cultural e religioso e com o passar dos anos e com a popularização absurda, aqueles vem sofrendo grandes perdas de conteúdo e foco, tornando-se cada vez mais eventos comerciais, visando e objetivando apenas o lucro, pois grandes empresas produtoras de eventos começaram a perceber o quanto lucrativa as raves passaram a ser, e com isso deixaram de realizar festas de outros gêneros, dedicando-se apenas as festas de música eletrônica.
Tomás Chiaverini ainda acompanha de perto a rotina de Djs e produtores como Rica Amaral, Gabe, Du Serena e do grupo ambientalista Fuck For Forest, a construção e realização do Universo Paralello #09, bem como a rotina de alguns frequentadores deste mundo eletrônico.
Contudo, após escrever um pouco sobre o histórico e efeitos do ecstasy e de tomar uma “bala” dessas ele deixa escapar sua imparcialidade no primeiro parágrafo da página 270: “Nesse momento, tenho certeza absoluta de que não há música eletrônica sem ecstasy, de que aqueles sons são uma espécie de interface com a droga, criados para estimularem os efeitos da MDMA”.
Em um todo o livro é excelente já que traz muitas informações importantes e necessárias para as pessoas que curtem música eletrônica, mas estas devem ser filtradas, pois existem algumas informações e afirmações como a citada acima, que ao meu ver são totalmente inverdades, e com isso o autor foge de seu objetivo, o de ser imparcial para que pessoas que não frequentam este universo tenham uma noção 100% real sobre a cena eletrônica que cada vez mais ganha adeptos.
Digo isto tendo em vista que depois que terminei de ler o livro, minha mãe pediu para ler o mesmo, e esta, uma leiga no assunto, pois tem informações destes eventos através dos noticiários na TV ou jornais e de nossas conversas durante estes (apenas) quase 4 anos que frequento raves, e enquanto ela lia o livro mostrava-se empolgada com os relatos da história e com alguns acontecimentos em festas, além do que era descrito sobre o presenciado no Universo Paralello e de outros assuntos, fazendo com que ela pedisse para levá-la em uma futura edição deste festival.
Porém, informou ainda que o livro seguia um lindo roteiro levando muitas informações de qualidade ao público frequentador ou não deste universo, mas que no final estava totalmente voltado para a ligação existente entre drogas e raves, tendo muitas vezes demostrado uma visão nada imparcial sobre o assunto, e segundo ela, em certo ponto fazendo apologia as drogas e ajudando a concretizar a visão errada que muitas pessoas tem de que todos os frequentadores de raves e eventos de música eletrônica são usuários de drogas.
Sem dúvidas Festa Infinita, o entorpecente mundo das raves, deve ser lido por todos amantes da música eletrônica, pois tem um conteúdo jornalistico e histórico muito bom, que acrescentará muito aos frequentadores das festas eletrônicas, porém este não é um livro imparcial, apesar de se manter assim durante quase toda a sua narrativa. E com isso parabenizo Tomás Chiaverini, por ter conseguido fazer um livro de qualidade apesar de ter tido pouca experiência e vivência neste “universo paralelo”.
Entrevista Tomás Chiaverini: http://rodrigocostamarques.blogspot.com/2009/06/entrevista-tomas-chiaverini.html
Comunidade: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?rl=cpp&cmm=84321281
Blog do Autor: http://antesdaestante.wordpress.com/
As drogas sempre despertaram fascínio nos seres humanos e definitivamente nos anos 90 elas entraram de vez na moda através do estilo conhecido como “Heroin chic” popularizado através da modelo Kate Moss nos anos 90.
O marco inicial, ou o auge, do heroin chic foi a campanha da Kate Moss para Calvin Klein, em 1993, e o declínio foi em 1997, quando um fotógrafo famoso do ramo (Vincent Gallo) morreu de overdose. Vincent era apaixonado por modelos adolescentes com ar de viciadas, ele tem fotografias mundialmente conhecidas por serem responsáveis pela glamourização das drogas (numa delas uma modelo está com uma nota de cem dólares enrolada na mão prestes a cheirar pedras de diamante).
Modelos e campanhas a parte, essa moda não se restringe às passarelas. Escândalos envolvendo celebridades, drogas, internações, bebedeiras e vexames públicos têm suas fotos publicadas em sites de fofoca internacionais e servem como passa-tempo e “inspirações” para jovens e não tão jovens, do mundo todo.
Em 1995, o filme Kids viria pra reforçar ainda mais esse estilo de vida junkie. As cenas do filme chocaram professores, pedagogos, sociólogos e pais do mundo todo. Segundo os críticos, as cenas iriam despertar o interesse dos jovens pela vida desregrada, pelo abuso do álcool, das drogas e pela prática do sexo precoce e sem proteção.
O filme mostra o percurso triste, mas real, de vários personagens ligados, de um modo ou de outro, a um vicío, de uma forma muitas vezes chocante e até mesmo sádica, que nos provoca um nó na garganta ao concluir de fato que “A Vida Não É Um Sonho”.






Fica nítido com este evento, que a cena eletrônica ainda pode viver momentos perfeitos de união entre público e produção, pois claro era a preocupação da produção com o público, tendo em vista a organização, o line e os justos preços que predominaram na primeira edição da Mega Friends, além claro de um clima de paz, confraternização e amizade que imperou durante toda a festa, segundo relatos.




Uma sonoridade selvagem e climas envolventes, um groove poderoso e fortemente dançante, combinados de forma equilibrada e original com vocais hipnóticos, percussões quentes, sons sintetizados altamente psicodélicos e instrumentos étnicos dão a Yagé uma personalidade única e um espaço próprio no universo do psy trance.
Apos mais de 4 anos de produção e inúmeros releases mundo a fora em países como Alemanha, Nova Zelândia, Colômbia, Grécia, Brasil entre outros os consagrados djs e produtores Raphael Lisboa e Gabriel Petrucci, grandes nomes da cena eletrônica nacional vem apresentar suas novas produções que vem causando grande impacto na cena underground eletrônica figurando entre as mais vendidas de minimal no maior site especializado o Beatport.

Em sua segunda edição, ainda não como um “festival”, o evento ocorreu porque os participantes do ano anterior pediram aos responsáveis para que a celebração ocorresse novamente, e assim, esta, no ano de 2005 contou com 600 pessoas e mais quatro estrelas brilhantes ao redor da pista, mostrando que o evento poderia ser mais do que apenas uma celebração entre amigos.
